Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Por Clarice Lispector

sábado, 3 de março de 2012

Another Fucking Day

Mais um dia. Tudo vai ser igual, como sempre foi. O sonho da noite passada foi estranho. Me fez relembrar uma antiga mágoa. Talvez eu devesse simplesmente parar de me preocupar com algumas coisas. Mas é inevitável quando você vê o mundo girando ao seu redor e você parada.

 Eu cansei de segundos planos, segundas opções, segundas chances...
Será mesmo que estou destinada a um mundo de segundo lugar?