Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Por Clarice Lispector

domingo, 28 de novembro de 2010

Compreender, sentir, melhorar e viver finalmente.

Olhe para todas as coisas que você possui. Tudo, tudo mesmo. Agora imagine que você acabou de perder uma de suas coisas favoritas. Como você reagiria à isso ?
    Agora olhe para todas as pessoas ao redor. Todas mesmo. Agora imagine Ver uma dessas pessoas chorar, ou até mesmo ter de vê-las partindo. O que você faria para tentar contê-las ?
    O Fato é que dor só passa a ser dor quando nos afeta diretamente. De forma que, só passamos a querer mudar algum problema quando ele nos machuca. Ainda que esse seja o maior problema do mundo. Com certeza vamos conseguir acabar com ele caso faça uma pessoa que amamos chorar, ou que a faça se afastar de nós.
    E o sofrimento? Se todos nós olhássemos as dores alheias como olhamos a nossa própria dor ou a dor de quem amamos com certeza o mundo seria bem melhor... o nome disso é compreensão, ou gratidão... Pense nisso.
    Um ótimo domingo à todos. Fiquem na paz.
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